Porto em Paranaguá: impactante

Hoje passei o dia em Paranaguá. Fui recepcionado pelo Elton, companheiro que conheci durante a faculdade de Ciências Sociais e que é servidor da APPA (Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina), autarquia que faz a gerência do porto de Paranaguá.

Logo na chegada, visitamos o MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia) da UFPR onde encontramos colegas servidores e o Hospital Regional do Litoral que, segundo relatos do SindSaúde/PR, sofre por ter sido inaugurado às pressas por conta da eleição de 2006.

Depois, demos uma volta pela cidade e pude conhecer a zona portuária. É realmente gigantesco o impacto da presença de um porto numa cidade como Paranaguá. A dinâmica da vida portuária altera toda o cotidiano de funcionamento da cidade; são situações como poluição (devido a fuligem da soja e demais grãos), ameaças constantes de explosão, pobreza e prostituição infantil gerada pelo presença do Porto. Também pudemos ver que boa parte da estrutura do Porto está privatizada e que as condições de trabalho estão longe do ideal.

Nosso “guia” Elton também relatou o processo de uso intenso do patrimônio histórico da cidade. Recentemente, a prefeitura abriu licitação para que uma empresa faça um estudo de mobilidade na área histórica.

Na parte da noite, fizemos panfletagem na FAFIPAR (Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá), onde fomos bem recebidos pelos estudantes. Apesar de ser uma faculdade estadual, a FAFIPAR recebe pouquíssimas verbas e se mantém quase que exclusivamente com taxas do processo seletivo e com as taxas cobradas dos estudantes por diversos serviços. A situação da faculdade é muito precária em alguns aspectos, em especial na assistência estudantil.

Com certeza voltaremos a Paranaguá ainda nesta campanha e depois das eleições, pois pudemos verificar que há espaço para uma construção militante na cidade.